Provavelmente, o nome Patmos é originado pela montanha Latmos, de Karia na Ásia Menor, onde a deusa Ártemis estava sendo escravizada. De acordo com a lenda, Patmos foi afundada e Ártemis, deusa Diana para os romanos, com a ajuda de Apolo, conseguiu convencer Zeus a trazer a ilha à tona de volta.
Patmos é conhecida em todo o mundo como a “Ilha do Apocalipse” ou “A Jerusalém do Mar de Egeu” porque dentro de uma caverna João, um dos discípulo de Jesus Cristo, recebeu a mensagem do Apocalipse, durante o seu exílio pelo imperador romano Domiciano no ano 95 d.C. Por isso, representa para o Cristianismo um importante centro de peregrinação..
O Mosteiro de São João, o Evangelista, também chamado Mosteiro de São João Divino é um mosteiro grego ortodoxo fundado em 1088 em Chora, na ilha de Patmos. Em 1999, o Mosteiro de São João, o Evangelista, Sagrada Caverna do Apocalipse e a vila medieval de Chora foram incluídos no catálogo de Patrimônios da Humanidade da UNESCO.
Durante a dominação árabe, a ilha de Patmos estava quase deserta. Em 1088, a pedido do monge Christodoulos, “o Abençoado”, o imperador Bizantino Alexios I Komnenos deu a ilha de Patmos para ele. Este queria estabelecer um monastério em honra de São João Evangelista. Seu exterior foi fortemente fortificado em virtude das ameaças de pirataria e turcos Seljuk.
Construído sobre a montanha, o Monastério domina toda a ilha. Os achados arqueológicos indicam que foi construído sobre um antigo templo de Ártemis e uma basílica paleocristã.
A Capela de Nossa Senhora, retangular e horizontal, está povoada de importantes afrescos que datam dos últimos anos do século 12. Na capela de São Christodoulos, onde se encontra o sarcófago com suas relíquias, data de princípios do século 17.
No monastério há também capelas pós-bizantinas: a de São Vasilios, de São Nicolau, de Timios Stavros, de Batista e a dos Santos Apóstolos. Há´mais duas capelas menores que se encontram fora do monastério: a de São Jorge e a de São Onofre.
O mosteiro tem mais de 15 metros de altura. Seu comprimento de norte a sul é de 53 metros e de leste a oeste a 70 metros. No portão mais alto há uma pequena abertura de onde os monges lançavam óleo ou água quente sobre os invasores. Em uma emergência, eles tocavam os sinos, alertando as pessoas para se refugiarem no mosteiro.
O mosteiro consiste na interligação de pátios, capelas, escadas e galerias, áreas de armazenamento, poços, sacristia, biblioteca e museu. Escondidos nas paredes estão fragmentos de um antigo templo de Ártemis que foi destruído no século 11. A capela principal é adorável, dentro dela há o altar, de 1820, esculpido em madeira por doze escultores.
MUSEU
O museu do mosteiro e intitulado como o mais grandioso do Egeu, possui uma coleção de peças do período bizantino: mais de 200 ícones, peças de prata e ouro, uma valiosa e bela coleção de joias, trajes eclesiásticos, móveis, 82 manuscritos raros do Novo Testamento, parte do evangelho original de São Marcos, escrito em pele de cabra, a carta do imperador Alexios I Komnenos autorizando a construção do mosteiro e o Livro de Jó.
O museu tem uma impressionante variedade de arte religiosa, imagens portáteis, casulos bordados, manuscritos com iluminuras, objetos de prata e objetos litúrgicos. Há um mosaico com a imagem de São Nicolau e o pergaminho do século 11 que concede a ilha para Ionnis Khristodhoulos, “o Abençoado”.
Mosteiro de São João Evangelista. Patmos, Grécia. Aberto de terça, quinta e domingo, das 8h às 13h30 e 16h às 18h e nos demais dias, das 8h às 13h30.
Fique atento! O horário pode sofrer modificação. Consulte sempre o site oficial da instituição.