No mês de janeiro de 1910, Sorolla volta a Sevilha para seguir sua rota por Granada, desde meados de fevereiro até 24 de março, continuando por Málaga, Ronda e Córdoba.Nessas cidades centra sua produção nos jardins do Alcázar sevilhano, na Alhambra e no Generalife. São cenas onde predomina sobretudo o intimismo; realizadas com simplicidade mas muito analisados enfoques que fazem com que o observador obtenha mais do que uma mera descrição do que vê, uma atitude de reflexão diante da obra.
Esta obra, junto com outras três, foi vendida em Madri, a um particular, em 1920. Depois passou a outro proprietário, mas já em Havana, até estabelecer-se definitivamente no Museu Nacional de Belas Artes desta cidade.
Sorolla escolhe para esta cena um canto do Pátio do Cipreste da Sultana no Generalife de Granada.
A composição fica estruturada por uma forte diagonal que divide a cena em duas partes, representando na sua maioria a água do estanque.
Descobre a luz especial de Andaluzia em inverno, forte mas não tão cálida e esplendorosa como no verão. Esta luz incide na água como em um espelho, refletindo-se nela a fonte e outros elementos arquitetônicos.
Utiliza uma feitura muito solta, de longa e empastada pincelada que muito tem que ver com o fovismo, recurso habitual em sua temática de jardins. Mesmo assim, existe um predomínio da mancha, que desmancha as formas, técnica que se irá consolidando com o passar dos anos.
A cena transmite uma sensação de calma e sossego, através da simbiose da luz e da água.
Agora que você sabe mais detalhes sobre essa obra de Joaquín Sorolla, experimente desenvolver sua releitura sobre o tema ou crie uma composição com jardim e arquitetura integrados, usando o material colorido que você mais gostar.
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