O British Museum (Museu Britânico), localizado em Londres, na Inglaterra, além de ser o maior museu britânico, é também o mais antigo museu nacional do mundo. Embora tenha sido fundado em 1753, a abertura ao público aconteceu somente seis anos depois, em 15 de janeiro de 1759. Desde a sua fundação, a entrada é gratuita e o número de visitante atualmente chega perto de 6 milhões. Seu acervo soma mais de 8 milhões de peças, incluindo objetos originários da África, América, Europa, Ásia e Oceania.
Só as duas guerras mundiais foram motivo para que o British Museum fechasse suas portas. Tirando esses períodos conturbados, o horário de abertura do museu tem se estendido cada vez mais.
Sir Hans Sloane, físico, naturalista inglês, era um colecionador de objetos de todo o mundo. Após sua morte, em 1753, ele deixou um legado de 71 mil objetos para a nação britânica. Esse foi o princípio do acervo do British Museum.
O prédio em que o museu funciona foi construído no século 19 e é formado por quatro alas centrais. A fachada sul é adornada por colunas dóricas e um triângulo frontão repleto de esculturas no estilo clássico.
A partir da metade do século 19, o interesse no Oriente Médio cresceu e as primeiras esculturas de pedra vindas dessa região foram incorporadas à coleção. No fim do século 19, o museu voltou a sua atenção para as antiguidades britânicas e, no século 20, seu acervo foi reorganizado e novas galerias foram abertas.
O British Museum empenha-se, atualmente, em colecionar obras contemporâneas, para que continue sendo capaz de contar a história das culturas do mundo para as futuras gerações.
Destacamos apenas algumas grandes obras que pertencem ao British Museum:
Múmia de Katebet: Originária de Karnak, no Egito, essa múmia conserva o corpo de uma mulher idosa chamada Katebet, uma cantora de Amón, o deus egípcio. Embora tenha algumas fraturas e costelas deslocadas, é justamente o estado de conservação que a diferencia das demais múmias do British Museum. O corpo embalsamado está embalsamado desde 1.250 a.C.
Pedra de Roseta: os escritos dessa pedra, datada de 196 a.C., estão em três línguas: hieroglífico, demótico e grego. E foram os estudos a partir do grego que permitiram decifrar os hieróglifos egípcios pela primeira vez. Descoberta por soldados de Napoleão Bonaparte em el-Rashid (Rosetta), no Egito, em 1799, a peça está em exibição no museu desde 1802.
Jogo de Xadrez de Lewis: encontradas numa praia da Ilha de Lewis, na Escócia, em 1831, as peças desse jogo de xadrez foram esculpidas no século 12 em marfim de morsa e osso de baleia. Não existe muito consenso a respeito de sua origem, normalmente atribuída a algum país nórdico, em especial a Noruega. Talvez tenham servido de inspiração o Xadrez de Bruxo, invenção da escritora J.K Rowling nos livros da saga Harry Potter.
As esculturas do Paternon: motivo de disputa entre o Reino Unido e a Grécia há anos, esses frisos e estátuas de mármore costumavam adornar o Partenon, o principal monumento da Acrópole, em Atenas. Datadas do século 5 a.C., as obras são conhecidas também como Esculturas de Elgin, em alusão ao Lord Elgin, o embaixador britânico que as removeu do seu lugar de origem. Certo ou não, esses itens pertencem ao acervo do British Museum desde 1816.
Moai Hoa hakananai’a: Eeculpida em basalto, trata-se de um exemplar dos famosos moais provenientes da Ilha de Páscoa, no Chile. Intitulada Hoa Hakananai’a (“roubado” ou “amigo escondido”, em português), a peça de 2,42m de altura pesa nada menos que quatro toneladas.
Além de estar povoado por grandes nomes da história da arte, o British Museum realiza exposições de peças muito interessantes do ponto de vista antropológico.
British Museum. Great Russell St, London, Reino Unido. Estações de metrô: Tottenham Court Road (Northern e Central Line) e Holborn (Piccadilly e Central Line). Aberto diariamente, das 10h às 17h30, sextas até às 20h30. Entrada gratuita.
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