A Pinacoteca Estação recebe a retrospectiva Emmanuel Nassar: 81-18.
A mostra do paraense natural de (Capanema, PA, 1949) abre o calendário de exposições do prédio, que é da Pinacoteca de São Paulo.
Com sua produção, Nassar provoca reflexões sobre o “erudito” e o “popular”.
Suas pinturas e objetos estão marcados por interações aparentemente banais: das logomarcas pintadas em fachadas de rua à geometria rigorosa que remete ao concretismo brasileiro; da pintura popular do circo e do parque de diversões que circula o país à ironia da arte-pop americana.
Além disso, o uso de símbolos como a bandeira nacional, a logomarca da Coca-Cola e a referência à Hollywood estão também presentes sem hierarquias, mas apresentadas com um senso de humor irônico.
A mostra apresenta quatro décadas de produção, reunindo trabalhos conectados por temas que são recorrentes ao longo desse período.
Serão abordadas questões sobre identidade, a pop-arte ou a iconografia circense.
Serão mais de cem trabalhos, entre eles Receptor, de 1981, o mais antigo presente na retrospectiva e que marca uma guinada em sua produção artística.
Também Fachada, obra do acervo da Pinacoteca que representa em escala real o pórtico de um circo de rua e que foi feita para servir de entrada para a sala do artista na Bienal de 1989.
Vale lembrar que esta individual dá continuidade ao programa de exposições que pretende realizar uma revisão da carreira de artistas que iniciaram suas trajetórias na década de 1980 e construíram um percurso destacado no contexto da arte contemporânea brasileira.
“O trabalho de Emmanuel Nassar é muito potente. Fez com que a crítica do sudeste repensasse a noção idealizada que existia do pintor dito ingênuo”, explica o curador Pedro Nery.
Pina Estação. Largo General Osório, 66, Centro, São Paulo, SP. Aberta de quarta à segunda feira das 10h às 17h30. Entrada gratuita. Até 02/07/18
Fique atento aos horários, eles podem sofrer alteração. Consulte sempre o site oficial da instituição.