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Estrela de Belém e outras plantas, Leonardo da Vinci

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Os peritos dataram o desenho desta planta dentro do período limitado pelos anos de 1505 e 1508. No entanto, a maioria dos estudos de botânica que se conservam têm sido datados de anos posteriores a 1508. São anos de maturidade e plena consagração de Leonardo. Em 1506, voltara a Milão convidado por Carlos de Amboise. O artista continuava a cultivar sem descanso seu afã por conhecer a natureza. A esta característica obedecem seus estudos de botânica, de anatomia humana e de vários animais. Todos eles revertem sobre sua obra pictórica e destacam a sua extraordinária qualidade e precisão.

O estudo da Estrela de Belém é realizado pelo artista através da combinação de diversas técnicas de desenho. Neste caso, recorreu à pena, à tinta e à sanguina. Esta incide especialmente na parte superior da estrela, que aparece ao lado de outros estudos botânicos de menor dimensão.

A forma e desenho estão condicionadas por um movimento em espiral bastante acentuado. Esta circunstância demonstra materialmente, mais uma vez, a preocupação do autor em reproduzir em suas obras a sensação de movimento.

Esse movimento vertiginoso está relacionado com os estudos de Leonardo acerca da água, mais especificamente com os desenhos sobre o Dilúvio. Pode remeter-nos também ao lendário mural da Batalha de Anghiari, realizado poucos anos antes.

O conhecimento da natureza nos seus diferentes aspectos é a constante principal ao longo da obra e do pensamento do artista. Nos seus escritos, insiste principalmente na importância de ser a realidade imediata o modelo fundamental para qualquer experiência artística.

Seus numerosos estudos de botânica são mais um exemplo desta sua preocupação, que se estende ao homem do Renascimento. Daí que, em Florença, se tenha inventado um sistema visual de representação que obedecia às leis da geometria. Uma realidade mais ou menos idealizada é a fonte de inspiração.

As flores e as plantas são tratadas nas telas de Leonardo com uma atenção especial; elas são não apenas sintoma do seu amor pela natureza, mas também costumam ter uma conotação simbólica: encarnam valores universais e abstratos, ou fazem alusão à personalidade das figuras representada nos retratos feitos por ele.

Estrela de Belém e outras plantas, c.1506-1512, bico de pena, tinta e sanguínea, 19.8 x 16 cm, Leonardo da Vinci, Royal Collection Trust, Inglaterra.

pincelAgora que você sabe mais detalhes sobre esse desenho de estudo de Leonardo da Vinci, experimente desenvolver sua releitura sobre o tema, inspire-se nas características do Renascimento e na botânica da sua região, use o material colorido que você mais gostar.

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