“A mente ama o desconhecido. Ela adora imagens cujo significado é desconhecido”, disse René Magritte
Na sua obra a filosofia e poesia traz um novo significado a imagens comuns, satirizando o mundo instável e perturbado do século XX.
Um mundo feroz e veloz no qual a razão se torna indispensável para dar sentido à vida.
Através de técnicas surrealistas, Magritte joga com a lógica do espectador, mas sem a preocupação da psicanálise ou de entender o inconsciente humano.
Nos seus quadros existe uma necessidade de reagir ao fenômeno da vida cotidiana, criando algo inesperado.
Lotado de ciladas para os olhos e a mente, de ironias, de filosofias sobre a vida e até de um bocado de humor negro, o trabalho de René Magritte, com certeza, merece ser mais conhecido em todas as suas formas
A sua obra não é para ser admirada, é para refletir e ponderar sobre o sentido escondido que podem gerar diversas interpretações.
Mas pode não ter uma conclusão porque Magritte nunca deu respostas objetivas sobre o significado dos seus quadros.
Nessa pintura não é um espelho que se limita a reproduzir as aparências.
Não se trata de um espelho da realidade.
É preciso ir além daquilo que se esconde., o olho humano está superdimensionado e, ao invés de proporcionar uma visão do que está por dentro da alma do homem, reflete o que está fora, um céu com nuvens.
Outra constante na obra de Magritte é a inversão ou fusão das visões de interior e exterior, ou de posições opostas ou extremas, fazendo um jogo de virar do avesso, nos perguntando o que está dentro e o que está fora.
Essa obra, conforme a tradução, é conhecida também como “Falsa Janela”.
Ficha técnica:
Título: O Falso Espelho
Ano: 1928
Autor: René Magritte
Técnica: Óleo sobre tela
Acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York.
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