Ainda hoje está por resolver a interpretação iconográfica das figuras devido sobretudo aos restauros feitos em 1934. A leitura mais crível identifica os homens em primeiro plano como São Roque a se tratado por Gotardo, protetor contra a peste; mais longe, aparecem São Jorge e o dragão, e na extremidade direita, numa caverna escura, mal se distingue Santo Antonio, protetor contra as epidemias.
Além do misterioso significado simbólico, a natureza assume preponderância no quadro e converte-se na principal protagonista.
A sugestão emotiva provocada por esta admirável paisagem ao pôr do Sol convida-nos a percorrê-la com o olhar, a entrar na continuidade do espaço quem a partir do primeiro plano, nos conduz à região alpina, lá longe, ao horizonte azul e ao acaso por detrás das colinas.
As figuras, de uma finura ainda belliniana, estão imersas numa atmosfera sutil e quente, nos seus sfumatos da sombra e da luz, e ressaltam na composição dos elementos geológicos, sobre os quais surgem, à esquerda, árvores de uma densidade tátil próxima de Ticiano.
A cálida luz dourada que invade o horizonte e banha a paisagem inspirou o poético título, cunhado em 1934 pelo historiador de arte Roberto Longhi.
Agora que você sabe mais detalhes sobre o quadro de Giorgione, experimente fazer uma releitura dele ou criar uma paisagem que contenha os efeitos do pôr do Sol, usando o material colorido que você mais gostar.
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