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Construtivismo Russo

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A ideologia libertária que norteia as vanguardas em geral adquire feições particulares na Rússia, com a revolução de 1917. A sociedade projetada no contexto revolucionário mobiliza os artistas em torno de produções concretas para o povo. A pintura e a escultura são pensadas como construções, e não como representações, próximas da arquitetura em termos de materiais, procedimentos e objetivos. O construtivismo, 1913, aproxima os relevos tridimensionais de Vladimir Tatlin, a obra de Alexander Rodchenko e os trabalhos dos irmãos Antoine Pevsner e Naum Gabo, signatários do Manifesto Realista de 1920, que sob influência de Malevich defendem uma arte livre de finalidades práticas e comprometida com a pura visualidade plástica.

O Construtivismo teve influência profunda na arte moderna e no design moderno e está inserido no contexto das vanguardas estéticas europeias do início do Século XX. Algumas manifestações influenciadas pelo construtivismo são De Stijl e Bauhaus.

Para o construtivismo, a pintura e a escultura são pensadas como construções, e não como representações, guardando proximidade com a arquitetura em termos de materiais, procedimentos e objetivos. Caracterizou-se, de forma bastante genérica, pela utilização constante de elementos geométricos, cores primárias, fotomontagem e a tipografia sem serifa.

A consideração das especificidades do construtivismo russo não deve apagar os elos com outros movimentos de caráter construtivo na arte, que ocorrem no primeiro decênio do século XX, por exemplo, o grupo de artistas expressionistas reunidos em torno de Wassily Kandinsky (1866 – 1914) no Der Blaue Reiter [O Cavaleiro Azul], em 1911, na Alemanha; o De Stijl [O Estilo], criado em 1917, que agrupa Piet Mondrian (1872 – 1944), Theo van Doesburg (1883 – 1931) e outros artistas holandeses ao redor das pesquisas abstratas; e o Suprematismo, fundado em 1915 por Kazimir Malevich (1878 – 1935), também na Rússia. Isso sem esquecer os pressupostos construtivos que se fazem presentes, de diferentes modos, no cubismo, no dadaísmo e no futurismo italiano.

Vladimir Tatlin (1885-1956) artista russo, que ficou impressionado com as colagens cubistas, em 1912, ao visitar Paris. A partir de então começou a fazer pintura de relevo, usando materiais diversos. Daí o artista deu mais um passo e começou a construir objetos a partir de vidro, metal e madeira. Como última etapa transformou essas obras em esculturas independentes. De acordo com Vladimir Tatlin e seus seguidores, essas “construções” tinham de fato quatro dimensões, já que elas sugeriam movimento, também sugeriam tempo. Suas obras eram completamente abstratas e foram a base para o movimento Construtivismo.

Além de Vladimir Tatlin, esse movimento artístico teve a participação de outros escultores:

Antoine Pevsner (1886 – 1962), escultor russo, filho de engenheiro, junto com seu irmão Naum Gabo, recebe formação científica isso lhe traz um espírito de investigação que ele projeta em suas obras. Graças aos efeitos de luz, as esculturas desse artista assumem uma forma dinâmica, dessa forma o cheio e o vazio, o claro e o escuro assumem uma função plástica.

Naum Gabo (1890-1977), escultor e pintor russo, se destacou no Construtivismo e na Arte Cinética. Foi para Munique em 1910 para estudar Medicina e, depois, Ciências Naturais, mas a amizade com artistas da época desviou sua atenção para a pintura e a escultura. Em 1913, um ano antes de começar a guerra, Gabo foi com Kandinsky a Paris onde conhece o cubismo de Picasso e Braque e o dinamismo dos futuristas italianos. Fugiu para a Noruega em 1914 como refugiado e, mais tarde, juntou-se ao irmão Prevsner que vivia e pintava em Paris. Lá, Gabo produziu suas primeiras esculturas influenciado pelas formas geométricas do cubismo. Com o início da Revolução Russa, em 1917, ambos voltaram para a Rússia e ligaram-se à artistas como Tatlin, Malevich e Kandinsky.

Em 1920, Pevsner e Gabo publicam o Manifesto Realista, aonde afirmam que a arte tem um valor absolutamente independente na função que desempenha na sociedade, seja capitalista, socialista ou comunista. Nele, Gabo pretendia romper com os padrões de arte da época, a fim de fazer uma arte nova e realista e não apenas baseada no cubismo e no que se apresentava como arte. Ao final dele, uma série de cinco renúncias: da cor como elemento pictórico; à linha e ao seu valor descritivo; ao volume como uma forma de espaço pictórico e plástico; na escultura, à massa como elemento escultórico; à ilusão da arte como o único elemento das artes plásticas e pictóricas. Tornou-se cidadão americano em 1952.

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