Pesquisar
Close this search box.

A Libertação de São Pedro, Rafael Sanzio

BOYA Microfone de lapela sem fio para iPhone, iPad, Android, USB, C, smartphone

Minilapela, microfone, grampo para gravação vídeo, podcast, transmissão ao vivo do YouTube (Lightning 1TX+1RX) Preto(MLS-BY-V1)

Este é outro dos afrescos que Rafael pintou para a Stanza d’Eliodoro e que subsituiu o pintado no século 15 por Piero della Francesca, no mesmo muro. A obra ilustra um acontecimento milagroso tomado do livro dos Atos dos Apóstolos.

Rafael usa extraordinária habilidade para plasmar em simples imagens os instantes principais da paisagem apostólica, que literalmente conta: “A noite anterior ao dia em que Herodes se propunha mostrar Pedro ao povo, estando ele dormindo entre os soldados, preso com duas correntes e guardada a porta da prisão por sentinelas, um anjo do Senhor se apresentou no calabouço que ficou iluminado; e, golpeando Pedro nas costas, despertou-o dizendo: Levanta-te logo; e se caíram as correntes de suas mãos. O anjo completou: Viste-te e calça-te as sandálias. E assim o fez. E juntou: Envolve-te em teu manto e segue-me. E saiu detrás dele. Não sabia Pedro se era realidade o que o anjo fazia; parecia-lhe uma visão.”

Neste afresco, Rafael cria o que se veio a considerar o “noturno mais espetacular de todo o século 16”, e, paradoxalmente, é a luz a grande protagonista desta obra.

Os efeitos de luz que o pintor de Urbino viera ensaiando nos afrescos anteriores da mesma Stanza d’Eliodoro, alcançam aqui uma vigorosa magnitude que se vê incrementada pelo contraste com a escuridão da cena noturna.

Rafael dispõe, além disso, do foco de luz sobrenatural e relampejante que irradia da auréola do anjo, o resplendor da tocha e da luz que atravessa as nuvens. Todos estes pontos luminosos se refletem e centelham nas armaduras e nos capacetes dos sentinelas dotando a composição de uma grande vivacidade.

A espaço onde o artista devia pintar a Libertação de São Pedro estava interrompida por uma janela central. Mas Rafael soube resolver isto de forma excelente ao utilizar esta irregularidade para criar uma composição na qual justapôs, segundo o procedimento da narração contínua, as diferentes partes do relato nos três cenários resultantes da estrutura arquitetônica que ideou a modo de cenário.

Desta maneira, a cena principal situa-se em cima da janela onde o anjo desperta Pedro e libera-o das correias. Nas laterais se desenvolvem as duas sequências posteriores a esta ação. À direita o anjo leva o Santo pela mão para fora da prisão, passando diante dos guardas que estão dormindo. À esquerda, esses mesmos guardas despertam e com surpreendentes sinais advertem que o prisioneiro fugiu, enquanto, no fundo da paisagem, começa a amanhecer; tal e como narrava a passagem: “Quando se fez de dia, produziu-se entre os soldados um pequeno alvoroço por não saberem onde estava Pedro.”

A Libertação de São Pedro, 1513-14, 500 x 660 cm, Rafael Sanzio, Stanza d’Eliodoro, Museus do Vaticano, Roma.

pincelAgora que você sabe mais detalhes sobre essa obra de Rafael Sanzio, experimente desenvolver sua releitura sobre o tema, inspire-se nas características do Renascimento e crie uma cena mitológica, histórica ou religiosa, usando o material colorido que você mais gostar.

quadroFotografe seu trabalho e compartilhe sua experiência conosco, nas nossas redes sociais, usando  #historiadasartestalento


COMO CITAR:


IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. A Libertação de São Pedro, Rafael Sanzio. História das Artes, 2025. Disponível em: https://www.historiadasartes.com/libertacao-sao-pedro-rafael-sanzio/. Acesso em 15/04/2025.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Assine nosso Feed

Digite seu endereço de e-mail para assinar este blog e receber notificações de novas publicações por e-mail.

plugins premium WordPress