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Arte Egípcia

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Entre as civilização da Antiguidade, a mais longeva e uma das principais foi a que se desenvolveu no Egito. Estendeu-se por 30 séculos de uma civilização bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais.

Seis grandes dinastias se sucederam: Monarquia Antiga ou Antigo Império (3100 a 2181 a.C., I – IV dinastias faraônicas ) que se inicia com a unificação do Alto e do Baixo Egito.

Segue o primeiro período intermediário (2181 a 2133 a.C., VII – X dinastias) obscura fase de guerras civis e divisões internas, que dá início à Monarquia Média (2133 a 1786 a.C., XI – XII dinastias). O país, após a invasão dos Hicsos, passa por divisões chamado de segundo período intermediário (1786 a 1567 a.C., XIII – XVII dinastias).

A XVII dinastia, com seu fundador Ahmose, consegue libertar e reunificar o país, iniciando a Monarquia Recente ou Império Novo (1567 a 1088 a.C., XVIII – XX dinastias) o momento de maior esplendor da civilização egípcia.

Com a XXI dinastia inicia-se um período de decadência que permanece sem alteração até a conquista pelos Romanos, no anos 30 a.C.

Como sua história e cultura observava uma grande unidade de estilos e de objetivos o que fez que outras civilizações não tiveram influência significativa sobre o Egito, acontecendo o inverso quando dominada, por exemplo pelos romanos, esses outros povos é que absorviam muito dos seus usos e costumes.

A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, consequentemente, orientando toda a produção artística desse povo.

Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente. O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos, o que não surpreende pelo fato dos estilos artísticos permanecerem iguais por cerca de três mil anos.

Dessa forma, apesar da permanência de estilo os egípcios desenvolveram-se de forma grandiosa na literatura, nas ciências médicas e na alta matemática. O que também manteve a civilização egípcia unificada e grandiosa.

ARQUITETURA

As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitetônicas mais famosas e foram construídas por importantes reis do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Junto a essas três pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren, mas a ação erosiva do vento e das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático e misterioso.

A Esfinge representa o corpo de um leão (força) e a cabeça humana (sabedoria). Eram colocadas na alameda de entrada do templo para afastar os maus espíritos.
 Obeliscos eram colocados à frente dos templos para materializar a luz solar.

As características gerais da arquitetura egípcia são:

  • solidez e durabilidade;
  • sentimento de eternidade;
  • aspecto misterioso e impenetrável.

As pirâmides tinham base quadrangular eram feitas com pedras que pesavam em média duas toneladas e meia cada uma, mediam dez metros de largura, além de serem admiravelmente lapidadas. A porta da frente da pirâmide voltava-se para a estrela polar, a fim de que seu influxo se concentrasse sobre a múmia. O interior era um verdadeiro labirinto que ia dar na câmara funerária, local onde estava a múmia do faraó e seus pertences. O calcário branco foi utilizado para revestir as pirâmides.

É importante destacar que para as construções “comuns” eles utilizavam os adobes – tijolos feitos de barro secados ao sol. As pedras eram utilizadas para as construções que deviam ser “perenes”.

VALE DOS REIS E RAINHAS

Vale dos Reis, situado a 643 quilômetros ao sul do Cairo, na margem oeste do Nilo, no lado oposto ao da atual cidade de Karnak, é rodeado por escarpas íngremes formadas por rochas calcárias. O Vale dos Reis, parte da antiga cidade de Tebas (Luxor), foi o local de sepultamento de quase todos os faraós da XVIII, da XIX e da XX dinastias que reinaram, aproximadamente, entre 1550 e 1070 a.C.

Artistas e pedreiros cavaram e decoraram quilômetros de corredores subterrâneos para a vida após a morte de dezenas de reis, suas esposas, filhos e principais ministros. A maioria das câmaras foi saqueada na antiguidade. Após o reinado caótico de Ramsés XI (c. 1100 a 1070 a.C.), os enterros no vale cessaram abruptamente, após sua morte, a milenar unificação do Estado egípcio se quebrou. O vale, antes constantemente policiado, foi pilhado repetidamente por centenas de anos. Nenhuma tumba conhecida sobreviveu completamente sem ter sido saqueada. A tumba de Tutancâmon, também localizada nesse vale, foi encontrada pelo arqueólogo britânico Howard Carter em 1922, é dela que temos maiores informações sobre a vida no palácio com moveis e adereços ricamente adornados, assim como os ritos fúnebres que cercavam o faraó.

O TEMPLO EGÍPCIO

O templo egípcio toma a sua forma definitiva sob o Império Novo. A sua planta revela a transposição em pedra do palácio real. Da mesma forma que o palácio, o templo divide-se em três partes: a primeira reservada à introdução, a segunda à recepção e a última à vida privada.

No interior de uma cerca de tijolos cru fica o templo de pedra que é composto por duas partes monumentais, precedidos por dois obeliscos, conduzindo a um pátio aberto, ornado com colunas, A decoração ficava por conta da imensidão de colunas que sustentavam as grandiosas construções.

Os tipos de colunas dos templos egípcios são divididas conforme seu capitel:

  • Palmiforme – flores de palmeira;
  • Papiriforme – flores de papiro aberta ou fechada;
  • Lotiforme – flor de lótus.

PINTURA

A decoração colorida era um poderoso elemento de complementação das atitudes religiosas.

Suas características gerais são:

  • ausência de três dimensões;
  • ignorância da profundidade;
  • colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo;
  • Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil.

A hierarquia na pintura era representada pelo tamanho das pessoas, ou seja, as pessoas com maior importância no reino, eram representadas maiores em relação as outras. Nesta ordem de grandeza tem-se: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo. As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas, em vermelho.

Os egípcios escreviam usando desenhos, não utilizavam letras como nós. Eles desenvolveram três formas de escrita:

  • Hieróglifos – considerados a escrita sagrada;
  • Hierática – uma escrita mais simples, utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes;
  • Demótica – a escrita popular.

O Livro dos Mortos é um rolo de papiro com rituais funerários que era posto no sarcófago do faraó morto, era ilustrado com cenas muito vivas, que acompanham o texto com singular eficácia. Formado de tramas de fibras do tronco de papiro, as quais eram batidas e prensadas transformando-se em folhas.

ESCULTURA

Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade. Com esse objetivo ainda, exageravam frequentemente as proporções do corpo humano, dando às figuras representadas uma impressão de força e de majestade.

Os Usciabtis eram figuras funerárias em miniatura, geralmente esmaltadas de azul e verde, destinadas a substituir o faraó morto nos trabalhos mais ingratos no além, muitas vezes coberto de inscrições.

Os baixos-relevos egípcios, que eram quase sempre pintados, foram também expressão da qualidade superior atingida pelos artistas em seu trabalho. Recobriam colunas e paredes, dando um encanto todo especial às construções. Os próprios hieróglifos eram transcritos, muitas vezes, em baixo-relevo.

SaibaMaisHIERÓGLIFOS

Foram decifrados pelo francês Champolion, que descobriu o seu significado em 1822, ela se deu na Pedra de Rosetta que foi encontrada na cidade do mesmo nome no Delta do Nilo. Os hieróglifos foram decifrados segundo a interpretação europeia, o que pode ter ocasionado que muitos símbolos da escrita não foram identificados.

PRINCIPAIS ETAPAS DA MUMIFICAÇÃO:

  1. era retirado o cérebro pelas narinas e colocado em um vaso de pedra chamado Canopo. Os intestinos e outros órgãos vitais eram retirados e preservados em urnas separadas;
  2. nas cavidades do corpo eram colocadas resinas aromáticas e perfumes;
  3. as incisões eram costuradas e o corpo mergulhado num tanque com Nitrato de Potássio;
  4. após 40 dias, o corpo era lavado e enrolado numa bandagem de algodão, embebida em betume, que servia como impermeabilização.

GRANDE TEMPLO DE RAMSÉS II

Quando a grande Barragem de Assuã foi concluída em 1970, dezenas de construções antigas do sul do país foram, literalmente, por água abaixo, engolidas pelo Lago Nasser. Entre as raras exceções desse drama do deserto, estão os templos erguidos pelo faraó Ramsés II, em Abu Simbel. Em 1964, uma faraônica operação coordenada pela Unesco com recursos de vários países – um total de 40 milhões de dólares – removeu pedra por pedra e transferiu templos e estátuas para um local 61 metros acima da posição original, longe da margem do lago. O maior deles é o Grande Templo de Ramsés II, encravado na montanha de pedra com suas estátuas do faraó de 20 metros de altura. Além de salvar este valioso patrimônio, a obra prestou uma homenagem ao mais famoso e empreendedor de todos os faraós.

QUEÓPS

É a maior das três pirâmides, tinha originalmente 146 metros de altura, um prédio de 48 andares. Nove metros já se foram, graças principalmente à ação corrosiva da poluição vinda do Cairo. Para erguê-la, foram precisos cerca de 2 milhões de blocos de pedras e o trabalho de cem mil homens, durante vinte anos.


COMO CITAR:


IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Arte Egípcia. História das Artes, 2025. Disponível em: https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-na-antiguidade/arte-egipcia/. Acesso em 01/04/2025.

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