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Por dentro da Orquestra

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A orquestra sinfônica atual segue a formação estabelecida no final do século 18. Dependendo da peça a ser executada, pode ter mais de 100 instrumentistas. É dividida em quatro famílias (naipes) de instrumentos: cordas; madeiras; metais; percussões.

Família das Cordas É o principal grupo de instrumentos de uma orquestra. O violino graças à sua versatilidade e alcance, é a principal voz da família. Divide-se em duas seções: primeiros e segundos viol,inos. O spalla, o primeiro violino, comando o conjunto depois do maestro. Fazem parte dessa família: violino, viola, violoncelo, contrabaixo e harpa.

Família das Madeiras Dão “cor” ao som da orquestra. A flauta apesar de ser feita de metal, faz parte da família. Sua variação, o flautim (ou piccolo) apresenta o som mais agudo entre todos os instrumentos da orquestra. Fazem parte dessa família: clarinete, requinta, clarone, flauta, picollo, cornê inglês, oboé, fagote e contrafagote.

Família dos Metais Eles são os responsáveis pela avalanche sonora da orquestra, conferindo a dramaticidade e a grandiosidade que a obra pede. A trompa e o trompete imprimem agilidade sonora, enquanto o trombone e a tuba soam de maneira majestosa. Fazem parte dessa família: trombone, trompete, trompa e tuba.

Família das Percussões Além de ritmo, os instrumentos de percussão pontuam e destacam trechos da peça em execução, além de fazer a orquestra vibrar. Apesar de soar diferente dos outros instrumentos da família, o piano é considerado percussivo, porque seu som nasce das batidas dos martelos nas cordas. Fazem parte dessa família: caixa clara, tímpano, pratos, carrilhão, xilofone, glockenspiel e piano.

A orquestra tem sua origem nos conjuntos instrumentais que acompanhavam espetáculos de ópera e balé no século 17.

Pouco a pouco, esses conjuntos foram ganhando mais instrumentos. A evolução das formas composicionais no século 18 leva ao desenvolvimento e consolidação da orquestra moderna, que é um conjunto especialmente apto para a execução de sinfonias e concertos.

Poucos compositores hoje em dia escrevem para uma orquestra sinfônica nos moldes do século 19. Instrumentos de percussão tendem a se multiplicar e ganham um papel mais destacado; a inclusão de instrumental eletrônico também é comum. A maioria dos compositores de qualquer modo, prefere escrever para conjuntos novos, concebidos especialmente para cada obra. No outro extremo, a música barroca não é mais aceitável, para um ouvinte educado, se  não for interpretada com conjuntos e técnica semelhantes ao de sua própria época. A orquestra sinfônica, então, vai cada vez mais assumindo um papel restrito à interpretação dos períodos clássico e romântico.

Na música , uma pessoa pode realizar funções muito diferentes, de acordo com o que se preparou nos seus estudos ou que tem vontade de fazer.

Maestro ou regente é o condutor da orquestra. Nas orquestras antigas, esse papel era exercido pelo cravista ou pelo primeiro violinista – substituídos, no início do século passado, pelo maestro. Sua função vai muito além de coordenar os músicos e manter o andamento. É o regente quem pensa na música e faz a orquestra tocar de um ou outro modo, acentuando determinadas notas, definindo o que deve soar mais alto ou mais baixo etc., de acordo com sua ideia pessoal. Cabe ao regente também a identidade expressiva do que está sendo tocado e o grau de envolvimento dos músicos na performance.

Compositor é aquele que escreve a música, coloca seu conhecimento e inspiração no papel, transformando ideias em notas musicais. Esse papel é chamado partitura. Mozart, por exemplo, foi um dos maiores compositores do período Clássico. Em 35 anos de vida, compôs mais de 600 músicas (que podemos chamar também de “obras” ou “peças musicais”), além de ter sido um habilidoso instrumentista, tocando suas composições por onde passava.

Instrumentista é aquele que toca um instrumento. Se for um instrumento típico da orquestra, como por exemplo, o violino, ele sempre terá companhia ao fazer sua música, pois é um instrumento que trabalha na maior parte das vezes em grupo.

Cantor é aquele que usa sua voz como instrumento. Pode cantar uma ópera; acompanhado de uma orquestra, ou apenas melodias acompanhado de um piano, chamadas de “canções” ou Lieder, em alemão. O cantor pode trabalhar em grupos, chamados de coro. A palavra “coral” também é utilizada para designar grupos vocais, mas seu significado é mais apropriado para dar nome à peça musical escrita para um coro.


SaibaMaisConjuntos de Câmara são pequenos grupos musicais, como duos, trios, quartetos, quintetos e assim por diante até as orquestras de câmara, que podem chegar a 30 ou 40 músicos. O quarteto de cordas (dois violinos, viola e violoncelo) e o trio (piano, violino e violoncelo) são as formas mais comuns.

Originalmente executada em salas de palácio ou, a partir de fins do século 18, em casas particulares, a música de câmara vem sendo apresentada em grandes auditórios desde o início do século passado, só conservando de câmara o nome.

O poeta Goethe (1749-1832) definia o quarteto de cordas como “uma conversa entre pessoas instruídas”; sua frase resume os altos ideais associados à música de câmara desde o romantismo, como expressão do pensamento mais íntimo e ao mesmo tempo mais sofisticado dos compositores. Sugere também o carácter de uma música destinada tanto ou mais à satisfação dos próprios músicos do que ao público de uma sala de concertos.

O século 20 é um século de música de câmara por excelência. Pequenos grupos, muitas vezes em combinações únicas, formam o padrão instrumental no repertório contemporâneo. Tudo o que se conhece como música antiga (isto é, anterior ao classicismo do século 18) poderia também ser enquadrado como música de câmara; na linguagem cotidiana, porém, o nome fica  mais restrito à música dos  períodos clássico, romântico e moderno.

Na Grécia Antiga, a orkhestra era o espaço entre a cena e os espectadores onde o khoros (coro) cantava e dançava. Ao longo dos séculos, o termo orquestra passou a significar um conjunto de vários instrumentos reunidos para tocar uma peça.

Com os movimentos da mão direita, o regente define para os músicos o compasso e a velocidade com que a obra deve ser executada, senão cada músico tocaria à sua própria maneira. A mão esquerda também é muito importante. Ela se move junto com o resto do corpo, indicando o sentimento que a música deve exprimir.

A origem da regência está na antiguidade, nos teatros grego e romano, quando se marcava o tempo dos coros batendo palmas ou os pés no chão. No Renascimento, um dos pioneiros foi o ítalo-francês Giovanni Battista Lully (1632-1687), que regia batendo um cajado no chão. Esse cajado levou o maestro à morte, quando ele acertou o próprio pé causando uma hemorragia.


COMO CITAR:


IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Por dentro da Orquestra. História das Artes, 2025. Disponível em: https://www.historiadasartes.com/som-camera-acao/musica/os-conjuntos-musicais/. Acesso em 01/04/2025.

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