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A Adoração dos Magos, Pieter Bruegel, o Velho

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O quadro ocupa um lugar especial no catálogo o artista. Tem, com efeito, o aspecto de um pequeno retábulo de altar: a composição dispõe-se na vertical e não na horizontal, como Bruegel preferia, e, sobretudo, é privada de qualquer indício de paisagem.

É evidente a intenção de construir uma composição estudada, complexa e de caráter quase monumental. De fato, quis ver-se nesta obra alguma referência ao estilo monumental italiano e especialmente às obras de Dürer.

Como se sabe, Bruegel conhecia bem a pintura italiana do Renascimento, tendo visitado a península e residido em Roma, como provam alguns dos seus desenhos.

A complexa composição de diagonais entrecruzadas e disposta em profundidade deve alguma coisa à arte italiana, mas a atitude irreverente de Bruegel quanto ao classicismo, à beleza física e à graça é totalmente nórdica e flamenga.

A sua verdadeira raiz é aquela que o liga ao mundo bizarro e fantástico de Hieronymus Bosch e à narrativa popular e campesina flamenga.

Todas as figuras deste quadro, incluindo a própria Virgem, que segura, desajeitada, o Menino sobre os joelhos, têm um aspecto grotesco e caricatural, como personagens de uma cena de hospedaria.

A figura de Baltasar, drapeada numa bela veste branca, à direita do quadro, oferece ao Menino um incensário, obra rara da joalheria nórdica contemporânea: uma nave de ouro ornamentada com uma rara concha de náutilo proveniente dos mares orientais e um globo de cristal.

A Adoração dos Magos, 1564, óleo sobre madeira de carvalho, 112,1 x 83,9 cm, Pieter Bruegel, o Velho, National Gallery, Londres.

Agora que você sabe mais detalhes sobre essa obra de Pieter Bruegel, o Velho, experimente fazer uma releitura dele ou criar uma cena de nascimento em que as pessoas ao redor da criança demonstrem seu afeto por ela, usando o material colorido que mais gostar.

Fotografe seu trabalho e compartilhe sua experiência conosco, nas redes sociais, usando a #historiadasartestalento

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