Edward Hopper nasceu no dia 22 de julho de 1882 no estado de Nova York foi um pintor, artista gráfico e ilustrador norte-americano conhecido por suas misteriosas pinturas de representações realistas.
Hopper estudou design gráfico, ilustração e pintura na cidade de Nova York. Um dos seus professores, o artista Robert Henri, encorajava os seus estudantes a usar as suas artes para “fazer um movimento no mundo”, motivando-os a fazerem descrições realistas da vida urbana.
Os estudantes de Henri, muitos dos quais desenvolveram-se artistas importantes, tornaram-se conhecidos como Escola Ashcan de arte norte-americana.
Ao completar a sua educação formal, Hopper fez três viagens pela Europa para estudar a cena emergente de arte europeia, mas diferente de muitos dos seus contemporâneos que imitavam as experiências abstratas do cubismo, o idealismo dos pintores realistas foram os que mais Hopper identificou-se, logo projetou os reflexos dessa influência nas suas obras.
Enquanto trabalhava, por vários anos, como artista comercial, Hopper continuou pintando.
Em 1925, produziu ‘Casa ao lado da Ferrovia”, um trabalho clássico que marcou sua maturidade artística. A obra é a primeira de uma série da cena totalmente urbana e rural de linhas finas e formas largas, feita com uma iluminação incomum para capturar a solidão que marca sua obra.
Sua temática frequente era cenas comuns da vida norte americana: estações de gasolina, hotéis, ferrovia ou uma rua vazia.
Realista imaginativo, esse artista retratou com subjetividade a solidão urbana e a estagnação do homem causando ao observador um impacto psicológico.
A obra de Hopper sofreu forte influência dos estudos psicológicos de Freud e da teoria intuicionista de Bergson, que buscavam uma compreensão subjetiva do homem e de seus problemas.
O tema das pinturas de Hopper são as paisagens urbanas, porém, desertas, melancólicas e iluminadas por uma luz estranha.
“Os edifícios, geralmente enormes e vazios, assumem um aspecto inquietante e a cena parece ser dominada por um silêncio perturbador”.
A melhor pintura conhecida de Hopper, Aves da Noite (1942), mostra clientes sentados em um balcão de um restaurante. O severo jogo de luz do restaurante mostra a noite pacífica do lado de fora. Os clientes, sentados nos tamboretes ao redor do balcão, aparecem isolados, ou até mesmo detestáveis.
As cenas rurais da Nova Inglaterra de Hopper, como Gasolina (1940), não são menos significantes.
Em termos de tema, ele pode ser comparado ao contemporâneo, Norman Rockwell, mas enquanto Rockell triunfou na imagem rica de uma pequena cidade dos Estados Unidos, Hopper descreve isto na mesma sensação de solidão abandonada que penetra seu retrato da vida na cidade.
O trabalho de Hopper também, explora vastos espaços vazios, representados por um posto de gasolina perdido numa estrada rural vazia e a forma contrasta entre a luz natural do céu, moderado pela floresta exuberante, e a claridade de luz artificial vindo de dentro do posto de gasolina.
A influência de Hopper no mundo da arte e da cultura pop é inegável. Homenagens a Aves da Noite caracterizando personagens de desenho animado ou ícones famosos da cultura pop como James Dean e Marilyn Monroe são frequentemente encontrados em lojas de quadros e de presentes.
Apesar disso, muito de suas pinturas também se baseia na sua esposa como modelo para as figuras femininas.
As composições cinematográficos de Hopper e seu uso dramático de luzes e escuridão também fez dele o favorito entre os cineastas. Por exemplo, diz-se “Casa ao lado da ferrovia” influenciou levemente a casa no filme Psycho de Alfred Hitchcock. A mesma pintura também é citada como sendo uma influência na casa de Terrence Malick no filme Cinzas do Paraíso.
Em 2004, o guitarrista britânico John Squire lançou um álbum conceitual baseado na trabalho de Hopper intitulado Marshall’s House. Cada música do álbum foi inspirada por, e compartilhado o título, com uma pintura de Hopper.
A influência de Hopper alcançou até mesmo as animações japonesas na série Texhnolyze, sendo usado como base do mundo superficial da série.
Em 2004, uma grande seleção de pinturas de Hopper viajou pela Europa, visitando Colônia, na Alemanha e o Tate Modern em Londres. A exposição no Tate se tornou a segunda mais popular na galeria de história, com 420 mil visitantes nos três meses que ficou aberta.
Em 2006, para comemorar os 75 anos o Whitney Museum ocupou todo o seu quinto andar com uma exposição de Hopper, ficando aberta do dia 6 de julho ao dia 3 de dezembro.
Hopper continuou pintando na sua velhice, dividindo o seu tempo entre a Cidade de Nova York Truro, Massachusetts.
Morreu em 1967, no seu estúdio próximo ao Washington Square Park, na Cidade de Nova York. Sua esposa, a pintora Josephine Nivison, que morreu dez meses depois que Hopper, doou o seu trabalho ao Whitney Museum of American Art.