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Arte Colonial

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Após a chegada de Cabral, Portugal tomou posse do território e transformou o Brasil em sua colônia. Primeiramente, foram construídas as feitorias, que eram construções muito simples com cerca de pau-a-pique ao redor porque os portugueses temiam ser atacados pelo índios. Preocupado com que outros povos ocupassem terras brasileiras, o rei de Portugal enviou, em 1530, uma expedição comandada por Martim Afonso de Sousa para dar início à colonização. Martim Afonso fundou a vila de são Vicente (1532) e instalou o primeiro engenho de açúcar, iniciando-se o plantio de cana-de-açúcar, que se tornaria a principal fonte de riqueza produzida no Brasil.

Após a divisão em capitanias hereditárias, houve grande necessidade de construir moradias para os colonizadores que aqui chegaram e engenhos para a fabricação de açúcar.

ARQUITETURA

A arquitetura era bastante simples, sempre com estruturas retangulares e  cobertura de palha sustentada por estruturas de madeira roliça inclinada. Essas construções eram conhecidas por tejupares, palavra que vem do tupi-guarani (tejy=gente e upad=lugar). Com o tempo os tejupares melhoram e passam os colonizadores a construir casas de taipa.

Com essa evolução começam a aparecer as capelas, os centros das vilas, dirigidas por missionários jesuítas. Nas capelas há crucifixo, a imagem de Nossa Senhora e a de algum santo, trazidos de Portugal.

A arquitetura religiosa foi introduzida no Brasil pelo irmão jesuíta Francisco Dias, que trabalhou em Portugal com o  arquiteto italiano Filipe Terzi, projetista da igreja de São Roque de Lisboa.

Dois eram os modelos de arquitetura primitiva. A igreja de Jesus de Roma (autor: Vignola) e a igreja de São Roque de Lisboa, ambas de padres jesuítas.

Floresciam as igrejas em todos os lugares onde chegavam os colonizadores, especialmente no litoral.

Os principais arquitetos do período colonial foram: Francisco Dias, Francisco Frias de Mesquita, Gregório de Magalhães e Fernandes Pinto Alpoim.

A liberdade de estilo dada ao arquiteto modifica o esquema simples, mas talvez pela falta de tempo ou por deficiência técnica não se deu um acabamento mais aprimorado.

Algumas das principais construções de taipas:

  • Muralha ao redor de Salvador, construída por Tomé de Sousa;
  • Igreja Matriz de Cananéia;
  • Vila inteira de São Vicente, destruída por um maremoto e reconstruída entre 1542 e 1545;
  • Engenhos de cana-de-açúcar; e
  • Casa da Companhia de Jesus, que deu origem à cidade de São Paulo.

TAIPA

Construção feita de varas, galhos, cipós entrelaçados e cobertos com barro. Para que o barro tivesse maior consistência a melhor resistência à chuva, ele era misturado com sangue de boi e óleo de peixe.

Elas podem ser feitas com técnicas diferentes:

A taipa de pilão, de origem árabe, consiste em comprimir a terra em formas de madeira, formando um caixão, onde o material a ser socado ia disposto em camadas de 15 cm aproximadamente. Essas camadas reduziam-se a metade após o piloamento. Quando a terra pilada atingia mais ou menos 2/3 da altura do taipal, eram nela introduzidas transversalmente, pequenos paus roliços envolvidos em folhas, geralmente de bananeiras, produzindo orifícios cilíndricos denominados cabodás que permitiam o ancoramento do taipal em nova posição. Essa técnica é usada para formar as paredes externas e nas internas estruturais, sobrecarregadas com pavimento superior ou com madeiramento do telhado.

A taipa de mão ou pau-a-pique que caracterizam-se por uma trama de paus verticais e horizontais, eqüidistantes, e alternadamente dispostos. Essa trama era fixada verticalmente na estrutura do edifício e tinha seus vãos preenchidos com barro, atirado por duas pessoas simultaneamente uma de cada lado. A taipa de mão geralmente é utilizada nas paredes internas da construção.

ESCULTURA

Quando os portugueses chegaram nesta terra, que hoje chamamos de Brasil, tinham duas intenções: tomar posse do lugar e se defender dos habitantes que aqui estavam ou outros exploradores europeus.

Contavam com os jesuítas para a missão de “converter” os índios, impondo novo vocabulário, hábitos e valores.

Traziam na bagagem o que os europeus tinham como modelo, o pleno esplendor da Arte Barroca, principalmente nas igrejas.

Para as esculturas litúrgicas, os jesuítas tinham as ideias, mas contavam com uma mão de obra com ideias e com o uso peculiares de materiais.

A habilidade em trabalhar com barro, madeira, pedra já era de uso dos Índios, porém foram impostos modelos muito distantes da Arte Indígena, que trazia a genuína expressão desse povo.

Da mesma forma, a expressão artística vindo com os negros trazia uma simbologia, crenças e cores diferentes tanto da Arte Indígena como da Arte Litúrgica imposta pelos jesuítas.

Mas, nessa junção de aprendizado e diferenciação foi formada a base para os primeiros passos da arte Barroca no Brasil.


SaibaMaisFORTE SÃO JOÃO

No ano de 1531, após viagem através do Atlântico Sul, as naus de Martim Afonso de Souza avistaram terras tupi-guaranis.O lugar, chamado”Buriquioca”(morada dos macacos) pelos nativos, encantou os portugueses por suas belezas naturais e exóticas. Apesar da bela paisagem, por motivo de segurança seguiram viagem, indo aportar em São Vicente, no dia 22 de janeiro de 1532. Neste mesmo ano, Martim Afonso enviou João Ramalho à Bertioga afim de verificar a possibilidade de construir uma fortificação para proteger a nova vila dos ataques Tamoios.

Em 1540, Hans Staden, famoso artilheiro alemão, naufragou na costa brasileira e foi levado à São Vicente.Lá, foi nomeado para comandar a fortificação em Bertioga.

Em 1547, a primitiva paliçada de madeira foi substituída por alvenaria de pedra e cal e óleo de baleia, o que originou o verdadeiro Forte.Primeiramente foi chamado Forte Sant’Iago (ou São Tiago), recebeu a denominação de Forte São João em 1765, devido à restauração de sua capela, erguida em louvor a São João Batista.

Em 1940, a fortaleza, considerada a mais antiga do Brasil, foi tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) .

Aproveitando a comemoração dos 500 anos do Brasil, a Prefeitura de Bertioga e o Iphan entregam para visitação o forte totalmente restaurado.

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