No século IX a.C., os etruscos estabeleceram-se na Toscana procedentes da Ásia Menor. Aproximadamente no século VI a.C., várias cidades-estados dominavam suas respectivas regiões geográficas. Constantemente suas cidades independentes se aliavam. Em resposta, é provável que os romanos, gregos e cartagineses também se unissem contra os etruscos.
Aproximadamente no século V a.C., o poder etrusco foi desafiado e severamente reduzido. A esquadra de Siracusa derrotou uma frota aliada etrusca em Cumas.
No século III a.C., os romanos, após submeter a maior parte do centro e sul da península da Itália, dirigiram sua atenção para o norte. Os laços entre Roma e Etrúria se fortaleceram no século I a.C., quando os etruscos aceitaram a oferta de cidadania romana.
Os etruscos não foram uma verdadeira unidade nacional, embora cidades individuais enviassem colonos a regiões vizinhas e, com frequência, estabelecessem alianças diplomáticas. A forma característica de organização governamental era a confederação de cidades. Era formado por doze cidades independentes, sendo as mais importantes Volterra, Cortona, Fiesole e Chiusi.
Os etruscos, no período de maior poder, possuíam uma força militar impressionante, embora provavelmente não fosse coordenada entre as cidades-estados.

A frota era muito poderosa e praticamente dominou o Mediterrâneo durante quase dois séculos. Os etruscos foram influenciados pelos comerciantes do leste do Mediterrâneo.
Os fenícios foram os primeiros a chegar, possivelmente no século VIII a.C. Os gregos desafiaram a supremacia fenícia. No século VI a.C., a rede mercantil etrusca incluía intercâmbios de bens com a Gália e com os povos tartesos e de Ampúrias.
Não se sabe muito sobre esses povos. Mas, Roma teve seus dois últimos reis romanos de origem etrusca, chamados Tarquínios (o rei Tarquínio Prisco – O Antigo, que governou ( 616 a 579 a.C) e Tarquínio – o Soberbo (534 a 510 a.C). Nesse tempo, Roma era Monarquia e, entre os sete reis romanos, dois com origem Etrusca.
Os etruscos foram influenciados pelos comerciantes do leste do Mediterrâneo.
A cultura Romana tem influências gregas, acontece que a Grécia também foi dominada pelo povo etrusco. Sendo assim, esse povo teve muita influência nas culturas gregas e romanas.
Muitas informações sobre a civilização etrusca foram obtidas por historiadores e arqueólogos que descobriram diversos túmulos ao norte de Roma. O alfabeto etrusco ainda não foi inteiramente decifrado, o que dificulta o estudo desse povo.
Os eruditos consideram que não pertence à família de línguas indo-europeias. O alfabeto etrusco é similar ao grego, porém o vocabulário e a gramática são diferentes. O alfabeto romano, com modificações, deriva do etrusco.
Os etruscos basearam sua economia em atividades ligadas à agricultura e ao comércio, principalmente, de joias, artesanato e diversos produtos de metal.
Esse povo também, plantava trigo e produziam vinho e azeite de oliva, coisas que aprenderam com os gregos.
A religião etrusca era politeísta, pois acreditavam na existência de vários deuses. Era forte a influência da mitologia grega, sendo que as três divindades etruscas mais importantes eram Uni, Tinia e Menrfa, deuses cultuados em templos. Eram comuns também as adivinhações e profecias realizadas pelos sacerdotes etruscos (arúspices). Vários elementos etruscos foram incorporados pela religião romana.
As cidades etruscas foram liquidadas pelos romanos, mas algo interessante é que os romanos não destruíram os túmulos etruscos, e é através deles que vem as melhores informações sobre esse povo.
Na cidade de Tarquinia, na região do Lácio – Itália, é onde fica a maioria das casas túmulos etruscas e, ainda hoje, há escavações nesses locais para estudar o povo etrusco.
Escavações mostram que, na região mediterrânea, os etruscos foram os primeiros a construir uma cidade com base em um planejamento quadriculado. A maioria das ruas se estendia de norte a sul, com poucas ruas de leste a oeste. Mais tarde, os romanos seguiram esse planejamento quando estabeleceram acampamentos militares e novas cidades.
De acordo com alguns estudiosos, na Etrúria havia três classes sociais: a aristocracia, classe média que era formada pelos artesãos, comerciantes e marinhos e os escravos.
As mulheres tinham uma importância maior que na cultura grega e romana, onde as mulheres tinham a mesma condição social que os homens. Tinham acesso à educação, eram alfabetizadas e também participavam das competições esportivas.
Nas casas túmulos é que se encontram algum conhecimento desse povo. Os etruscos tinham uma concepção da vida após morte como uma continuação da vida. Os túmulos eram decorados, assim como as casas, devido a essa crença da continuidade após a morte
As origens dos etruscos e, consequentemente, do seu estilo artístico, remonta aos povos que habitavam ou foram expulsos da Ásia Menor durante a Idade do Bronze e da Idade do Ferro.
Devido à proximidade ou contato comercial para Etrúria, outras culturas antigas influenciaram a arte etrusca, como a Grécia, Fenícia, Egito, Assíria e o Oriente Médio.
Eles desenvolveram uma cultura original, e para a época estavam bem evoluídos em relação a sua arte (artesanato, arquitetura, escultura) e engenharia. Entre suas criações mais importantes são as esculturas funerárias, objetos de cerâmica.
Os etruscos foram bons administradores e eficientes homens de negócios, capazes de fabricar produtos de alto nível técnico, embora talvez não reunissem as condições necessárias para se manter no poder.
Seja como for, o certo é que, além do ferro, algumas cidades manufaturavam objetos de bronze, tradição que veio do Oriente. Um exemplo dessa arte é a loba que alimentou Rômulo e Reno era uma escultura etrusca do final do século VI a.C. O Rômulo e Reno só foram colocados aí no século XV.

Tinham também, grande produção artesanal de barcos, cordas, velame para navios e cerâmica. Eles sempre foram grandes ceramistas e produziam uma cerâmica negra, semelhante à porcelana chinesa.Faziam objetos (vasos, esculturas e enfeites) em terracota com grande habilidade.
“Até hoje não se descobriu a técnica que eles usavam”, lembra o arqueólogo Guarinello”.
Essa peça representa “um casal reclinando em um banquete junto no além-túmulo e foi encontrado em escavações do século XIX na necrópole de Cerveteri (antiga Caere). Está agora o Museu Nacional Etrusco de Villa Giulia, Roma.

Na tampa do sarcófago está essa escultura. É a história de um casal participando de um banquete. A escultura é feita de argila e aqui pode-se observar que as mulheres também participavam dos banquetes.
Os etruscos eram ourives destacadíssimos. Os etruscos manipularam metais e as peças eram fundidas por um método de granulação “fusão de pequenos grânulos para uma base. Esta técnica antiga é uma característica da joia etrusca e requer muita preparação meticulosa”.
Para fazer os grânulos, os etruscos colocavam pó de ouro ou recortes muito pequenos de metal em um canudinho, a fim de manter os grânulos se aglomerando e derretendo em um outro gigante. Eles colocavam camadas de carvão vegetal entre os cortes e depois os aqueciam até o ponto de fusão.Nesse ponto, o pó metálico ou o recorte girava em uma pequena bola e se criava um grânulo.

Na arquitetura, destaca-se a construções de templos, necrópoles e pontes. Usavam a pedra e o barro como base das construções.
Nas suas construções utilizavam os afrescos, encontrados em seus túmulos, bem como joias e cerâmicas que demonstram provas de um povo culto e artístico. Os afrescos (“técnica de pintura sobre uma fina camada de gesso úmido, fresco (em italiano, afresco). As tintas penetram no gesso devido à pressão da superfície, e a cor se fixa quando o gesso seca, o pigmento reage com a cal do gesso e da origem a cores fortes.
Algumas cidades na região da Toscana, Lácio e Úmbria ainda preservam alguns traços dessa civilização, especialmente túmulos.
Cidades como Arezzo, Cortona, Perugia, Orvieto, (aqui se encontra o Museu Etrusco-Romano e Pinacoteca Comunale com coleção de artefatos etruscos e romanos locais) Fiesole, Tarquinia e Volterra, são algumas dessas cidades.