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Realismo Americano

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Movimento artístico americano que começou na literatura em meados do século 19, e se tornou uma tendência importante nas artes visuais e musicais do início do século 20.

Nasceu em resposta às profundas mudanças sociais, culturais e urbanas nas grandes cidades nos Estados Unidos.

O movimento retratou o esgotamento e a exuberância cultural da paisagem figurativa americana e a vida dos americanos comuns.

A Ashcan School também conhecida como The Eight e o grupo denominado Ten American Painters criaram o núcleo do novo modernismo americano nas artes visuais.

A Ashcan School era um grupo de artistas da cidade de Nova York que buscava capturar a sensação dessa cidade no início do século 20, por meio de retratos realistas da vida cotidiana.

Esses artistas preferiam retratar os imigrantes de classe baixa, em vez das ricas e promissoras socialites da Quinta Avenida. Seus temas eram incluíam becos, cortiços, moradores de favelas e, no caso de John Sloan, tabernas frequentadas pela classe trabalhadora.

Destaca-se uma pintura descritiva retratando um forte halo de melancolia, nostalgia e a solidão, representando um olhar social crítico.

Em termos de técnica, o realismo americano apresenta uma pincelada limpa, respeita os cânones clássicos de profundidade e volume.

As cores são realistas, geralmente nas obras mesclam-se uma gama de tons naturais (terrosos e verdes), com as cores sintéticas características da vida moderna: cores fortes e/ou metálicas.

Os pintores que cultivaram o estilo parecem concordar espontaneamente sobre os elementos, temas e sentimentos comuns. Por sua vez, cada um deu a sua visão pessoal da cidade. Alguns artistas relembram as formas e cores do expressionismo, outros se aproximam dos melhores exemplos do impressionismo francês.

As pinturas do realismo americano já fazem parte da cultura e da história da arte americana, são uma parte fundamental para compreender movimentos artísticos posteriores como o regionalismo, a pop art e a arte contemporânea.

Destacamos os artistas:

Edward Hopper (1882-1967) nascido em uma pequena cidade de classe média banhada pelo rio Hudson. Ele é tido como o maior pintor da vida moderna americana. Embora gostasse de pintura desde muito jovem, estudou desenho publicitário e trabalhou para publicações comerciais até os 42 anos, quando se sentiu seguro o suficiente para dedicar-se à arte em tempo integral. Nessa época chegara a um estilo bastante peculiar, ao mesmo tempo realista e simbólico. O artista, porém, modificaria pouco este estilo ao longo de sua carreira. Viveu e produziu durante o apogeu do abstracionismo, sem nunca abandonar a tradição da pintura figurativa realista. Embora sua ascensão tenha sido lenta, a América o cobriu de honras. Hopper, porém, seria sempre um homem reservado, de hábitos simples, dedicado às viagens e à sua arte.

George Benjamin Luks (1866–1933) nasceu na Pensilvânia e faleceu aos 66 anos, em Nova York, após uma briga de bar. Além de jornalista na Filadélfia, ele também era pintor, artista gráfico e desenhava histórias em quadrinhos. Participou da Ashcan School e viveu no Lower East Side de Manhattan. Conhecido por sua pintura arrojada. Ele pintou temas da classe trabalhadora e cenas da vida urbana. Também pintou paisagens e retratos e foi um aquarelista talentoso. Trabalhava com eficácia nas composições para capturar expressões e gestos.

Georges Bellows (1882–1925) Em 1904 foi para Nova York e estudou com Robert Henri na New York School of Art, onde Edward Hopper, Rockwell Kent e Guy Pène du Bois eram seus colegas de classe. Um técnico excelente que trabalhava com um estilo de pintura confiante, Bellows logo se estabeleceu como o mais importante realista de sua geração. Ele nunca foi para a Europa, é considerado um artista americano por excelência, cujo estilo vigoroso lhe permitiu explorar uma ampla gama de assuntos, desde cenas da vida urbana moderna a retratos de suas filhas e paisagens marítimas turbulentas do Maine.

Everett Shinn (1876–1953), membro da Ashcan School, ficou famoso por suas inúmeras pinturas de teatro, e por vários aspectos do luxo e da vida moderna inspirados em sua casa na cidade de Nova York. Ele pintou cenas de teatro de Londres, Paris e Nova York. Encontrou interesse no espetáculo urbano da vida, traçando paralelos entre o teatro e a vida urbana.

John French Sloan (1871–1951) membro da Ashcan School, cujas preocupações com as condições sociais americanas o levaram a ingressar no Partido Socialista em 1910. Originalmente da Filadélfia, ele trabalhou em Nova York depois de 1904. De 1912 a 1916, contribuiu com ilustrações para o mensal socialista The Masses. Sloan não gostava de propaganda, ele preferia se concentrar na vida cotidiana das pessoas. Retratou o lazer da classe trabalhadora com ênfase nas questões femininas.

Robert Henri (1865–1921) membro da Ashcan School. Ele se concentrou em indivíduos, estranhos, passando rapidamente nas ruas de vilas e cidades. Seu retrato era mais simpático do que cômico, muitas vezes usando um fundo escuro para aumentar o calor da pessoa retratada. As obras de Henri caracterizam-se por pinceladas vigorosas e impasto ousado que acentuam a materialidade da pintura. Em 1906, ele foi eleito para a Academia Nacional de Design, mas quando os pintores de seu círculo foram rejeitados para a exposição da Academia em 1907, ele acusou outros jurados de preconceito e saiu do júri, resolvendo organizar sua própria exposição. Ele mais tarde se referiria à Academia como um cemitério de arte.


COMO CITAR:


IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Realismo Americano. História das Artes, 2025. Disponível em: https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-20/realismo-americano/. Acesso em 29/03/2025.

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