Sérgio Mauro Romagnolo nasceu em São Paulo no dia 16 de dezembro de 1957.
Escultor, pintor, desenhista, artista intermídia e professor.
Estudou no Colégio Iadê, em São Paulo, entre 1976 e 1977.
Em 1980, ingressou no curso de artes plásticas da Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), em São Paulo.
Entrou em contato com a obra de Regina Silveira , Nelson Leirner e Julio Plaza (1938-2003).
Entre 1980 e 1984, foi professor nas redes pública e privada de ensino.
Lecionou pintura na Faap entre 1985 e 1986.
Nesse ano, realizou sua primeira exposição individual na Galeria Luisa Strina, em São Paulo.
No início da década 1990, passou a dedicar-se à escultura e atua como professor em oficinas e workshops.
Participou da Bienal Internacional de São Paulo em 1977, 1983, 1987 e 1991.
Em 1999, finalizou o mestrado em artes na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), com a dissertação Esculturas: Rugas e Alegorias e, em 2002, conclui o doutorado em artes na mesma instituição, com a tese O Vazio e o Oco na Escultura.
Entre 2000 e 2005, lecionou na Faculdade Santa Marcelina, São Paulo e a partir de 2007, na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp).
Em seus primeiros trabalhos, Sérgio Romagnolo explora o universo urbano e industrial, recriando peças como carros, prédios, aviões, máquinas fotográficas, câmeras de vídeo e latas de lixo feitas em plástico aquecido e moldado à mão.
O artista agrega imagens diversas em situações inesperadas, mas, como nota a crítica de arte Lisette Lagnado , as peças, longe de serem aleatórias, apresentam ao espectador uma narrativa com soluções inteligentes.
Segundo o próprio artista, sua produção abrange as imagens produzidas pelos meios de comunicação de massa, englobando, por exemplo, personagens de quadrinhos como os super-heróis.
Em outros trabalhos, realiza imagens religiosas, como em Santa Tereza, 1990, Pietá, 1989 ou Coroa de Cristo, 1989.
Em 1993, o artista molda 12 figuras que têm como referência os profetas de Aleijadinho.
Para o historiador da arte Agnaldo Farias, as peças apresentam semelhanças entre si pelo hieratismo das poses, pelo drapeado do panejamento, mas revelam, na opção do artista pelo uso de material industrializado, a impossibilidade de permanência do passado e uma reflexão sobre o contemporâneo.