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Sociedade Pró-Arte Moderna – SPAM

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A Sociedade Pró-Arte Moderna e o Clube dos Artistas Modernos nasceram com apenas um dia de diferença, respectivamente a 23 e 24 de novembro de 1932. A primeira diretoria da SPAM foi composta por Olívia Guedes Penteado, Mina Klabin, Gregori Warchavchik, Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Paulo Rossi-Osir, Carlos Pinto Alves, Jaime da Silva Telles, Chinita Ultmann e Paulo Mendes de Almeida.

A entidade promoveu duas exposições: a primeira inaugurada em 28/04/1933 com obras de Anita Malfatti, Gobbis, Arnaldo Barbosa, Hugo Adami, José Wasth Rodrigues e também de Lhote, Léger, Picasso, de Chirico, Deaunay, Dufy, Fujita, Gleizes, Gris, Marie Laurecin, Vuillard, Brancusi, Lipchtiz e Le Corbusier, pertencentes a colecionadores paulistas. Uma segunda exposição, ainda em 1933, incluiu vários artistas cariocas, como Guinard, Lechowski, Cardosinho e Cecília Meireles.

Mais importantes ainda que as exposições foram os grandes bailes promovidos pela SPAM para os quais Segall contribuiu com notáveis painéis decorativos. Nesses eventos havia números musicais, recitativos, conferências literárias e exposições de obras de arte.

Lasar Segall foi um dos fundadores da SPAM e o principal organizador das festas promovidas, com destaque para os bailes carnavalescos de 1933 e 1934, nos quais além de conceber a temática e promover a divisão de tarefas, projetou a cenografia, sempre atento aos mínimos detalhes.

O baile de 1933 teve como tema “Carnaval na cidade de SPAM”, o que levou Segall a imaginar uma verdadeira cidade, com ruas, praças, instituições e monumentos, criando-se toda uma mitologia urbana que tinha, até, dinheiro próprio. O baile foi realizado no antigo Trocadero, hoje demolido, e que se localizava atrás do Teatro Municipal. Segall criou uma cidade de fantasia, em estilo expressionista, com elementos surrealistas. Baseando-se num roteiro, uma história inventada da cidade de Spamolândia, o espaço adquire um tom fantástico, o que nos permite classificar o trabalho decorativo de Segall como verdadeira cenografia.

O Clube dos Artistas Modernos nasceu como dissidência da SPAM, tendo como figura central Flávio de Carvalho. Promoveu também muitas exposições e conferências. Havia certa rivalidade entre as duas entidades, mas a verdade é que elas se complementavam. A SPAM, um tanto aristocrática, porém sólida, o CAM, mais democrático, largado, mas, apresentando uma vivacidade maior.


COMO CITAR:


IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Sociedade Pró-Arte Moderna – SPAM. História das Artes, 2025. Disponível em: https://www.historiadasartes.com/sociedade-pro-arte-moderna-spam/. Acesso em 29/03/2025.

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