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Vila Rufolo, Ravello

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A Vila Rufolo ou Villa Rufolo, em italiano, é uma joia no patrimônio histórico e arquitetônico de Ravello, cidade italiana da Costa Amalfitana. 

A Vila Rufolo responderam por mais de dois séculos, como símbolo do poder econômico e político da Ravello medieval, apenas para cair no curto espaço de trinta anos, meados do século 13 até 1285, quando foi completamente arruinada por causa da rebelião Vespri siciliani, que eclodiu em Palermo em 1282, na segunda-feira depois do domingo de Páscoa. O alvo da revolta eram os governantes franceses da ilha, percebidos como opressores estrangeiros. De Palermo os motins foram espalhados rapidamente por toda a Sicília, expulsando a presença francesa, que terminou finalmente com o Tratado de Avignon em 1372.

No início da época de ouro da família Rufolo, que construiu uma grande, rica e principesca residência, representando assim seu status social. Mesclando estilos arquitetônicos árabes e bizantinos com os elementos da cultura local, encontrando a linguagem apropriada para expressar seu poder.

Durante o período mais produtivo, é provável que Giovanni Boccaccio tenha conhecido diretamente Rufolo e se hospedado em sua casa. As belezas da residência talvez o tenham inspirado a dedicar à Landolfo Rufolo seu famoso romance Decameron (1348 e 1353), onde ele é o protagonista do quarto conto da obra.

A vida em Ravello medieval segue o declínio e a família Rufolo fica forçada a se desfazer da propriedade. A Vila Rufolo passa por herança a outros proprietários, como os Confalone, os Muscettola e sucessivamente para os D’Afflitto di Scala no século 18. Estes últimos fizeram um grande esforço para manter o palácio habitável, mas a destruição de muitos elementos de valor causaram a decadência da residência.

Em meados do século 19, o edifício que se apresentava em ruínas, foi vendido para o industrial escocês  Sir Francis Nevile Reid, Em 1851, este homem de grande cultura decidiu restaurar o edifício e reorganizar os terraços e os jardins.

O compositor de ópera alemão Richard Wagner visitou a Vila Rufolo em 1880. Ele ficou tão encantado pela beleza da localização que ele imaginou o cenário como o jardim de Klingsor no segundo ato de Parsifal. Em comemoração, todos os anos, o jardim mais baixo de Vila Rufolo hospeda um concerto wagneriano.

VISITAÇÃO

O acesso à vila é feito através de torre de entrada formada por arcos ogivais, e depois de uma curta rua, se chega ao Claustro Mourisco. Uma clareira é dominada pela Torre Maggiore ou Torre-Museu, que possui 30 metros de altura e está subdividida em três andares. É a parte mais antiga do complexo, demonstra a potência social, econômica e política da família Rufolo. O terraço do último andar proporciona ao visitante vistas do centro histórico, da montanha e do mar.

Próxima da Torre Museu encontramos a Sala dos Cavaleiros, uma enorme arcada ogival. Seguindo pelos jardins criados ao estilo romântico, com vista para os terraços (superior e inferior), assim como traz a vista para a Costa Amalfitana e o Golfo de Salerno. Há ainda a Balnea, encontrada recentemente através de uma escavação arqueológica, que remete aos jardins inferiores onde se encontra o Banho Turco.

Voltando para os jardins encontramos ainda a Sala de Almoço. Aqui os arcos ogivais suportam as colunas que estão agrupadas em três ou quatro delas. Ainda se pode visitar a Capela que no seu interno hospeda, por vários meses do ano, mostras de arte contemporânea.

Através do Belvedere se ascende aos jardins superiores e inferiores, que compõem um palco com cenário natural para os eventos do Festival Anual de Ravello, que tem como pano de fundo a encantadora paisagem marítima.

TORRE-MUSEU

O primeiro ambiente é inteiramente dedicado a Francis Neville Reid, demonstrando o cotidiano doméstico da Vila Rufolo. Ao subir para os próximos andares, o visitante observa peças e fragmentos da arquitetura que contam a história da Vila Rufolo, esse percurso é acompanhado de tecnologias que permitem realizar uma atmosfera única entre passado e presente, inclusive com intervenções holográficas.

Vila Rufolo. Piazza Duomo, Ravello, Itália. Aberto diariamente, das 9h às 21h (último ingresso às 20h30). A Torre-Museu da Vila Rufolo fica aberta diariamente, das 11h às 16h (último ingresso às 15h45).

Fique atento! O horário pode sofrer modificação. Consulte sempre o site oficial da instituição.

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